Pagamento irregular do Bolsa Família abastece de prefeituras a lotéricas. Confira!
O Ministério Público
Federal (MPF) instaurou, nos primeiros seis meses deste ano, ao menos
105 procedimentos investigatórios no País relacionados a má gestão,
obtenção ilegal de benefícios ou fraudes no programa Bolsa Família.
Os dados constam de um
levantamento feito pelo órgão a pedido do iG . Segundo o levantamento, a
maioria dos procedimentos investigatórios foi impetrada no Rio Grande
do Sul.
Somente por lá, o MPF
abriu 18 investigações relacionadas a problemas com o programa do
governo federal. Na sequência, a lista de Estados com maior número de
investigações inclui Minas Gerais e Pará, com 12 procedimentos cada, e
Bahia, com 11 investigações iniciadas.
Segundo levantamento sobre o Bolsa Família, a maioria dos procedimentos investigatórios foi impetrada no Rio Grande do Sul.
Nesta sexta-feira, o iG
revelou que 2.168 políticos eleitos em 2012 foram flagrados recebendo
recursos do Bolsa Família no início do ano. A informação teve como base
levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a
partir da lista dos eleitos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os
dados do MPF não levam em conta investigações instauradas contra
prefeitos ou vereadores por recebimento ilegal de benefícios do
programa.
Na lista de
irregularidades investigadas estão casos de beneficiários com renda
incompatível ao Bolsa Família, estelionato envolvendo o programa,
fraudes na inscrição ou recebimento e ainda duplicidade cadastral nos
sistemas do governo.
No Amazonas, por
exemplo, o MPF investiga uma casa lotérica da cidade de São Paulo de
Olivença, distante 1,2 mil quilômetros de Manaus, que não liberava o
valor dos saques dos beneficiários ou vinculava esse pagamento a compras
em um estabelecimento comercial. O comércio era indicado pelos donos da
lotérica.
Em Minas Gerais,
investiga-se estelionato cometido por membros da Prefeitura de Mateus
Leme. Com base em uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), o
Ministério Público apura se servidores estavam cadastrando ilegalmente
beneficiários e recebendo pagamentos em nome deles.
Em Rondônia, uma pessoa
estaria recebendo por meio do cadastro de um homônimo. Detalhe: o
beneficiário legítimo é uma criança. No Tocantins, o Ministério Público
investiga a gestora do programa em Aparecida do Rio Negro. Ela teria
incluído seu próprio nome nos cadastros do governo federal e recebido
ilegalmente o benefício. Também um caso em Juiz de Fora, em Minas, em
que um servidor terceirizado da Prefeitura teria conseguido acesso ao
sistema e colocado seu nome entre os beneficiários.
Na Bahia, na cidade de
Itamarajú, foi instaurado inquérito policial para apurar o caso de uma
estagiária da Caixa Econômica Federal que estaria subtraindo cartões de
beneficiários e sacando para si o dinheiro.
Fonte: Último Segundo
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