Acordo foi fechado em 8% de reajuste salarial e 8,5% para o piso.
Greve teve início no dia 19 de setembro e chegou a ter adesão de 91,85%.
Os bancários da Paraíba decidiram, em assembleia do Sindicato dos
Bancários da Paraíba, nesta sexta-feira (11), encerrar a greve e voltar
ao trabalho na segunda-feira (14). O acordo foi aprovado pelos
funcionários da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, e dos bancos
privados. A paralisação da categoria teve início no dia 19 de setembro e
hoje completava 23 dias. Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil
rejeitaram a proposta rebaixada e deliberaram pela continuidade da
greve.
Na madrugada desta sexta, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo para pôr encerrar a
paralisação. O acordo, no entanto, precisa passar por aprovação das
assembleias locais.
Os principais pontos do acordo, segundo o Sindicato dos Bancários da
Paraíba, são 8% de reajuste (1,82% de aumento real); 8,5% (2,29%) de
reajuste para o piso da categoria; e 10% sobre o valor fixo da regra
básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos
Lucros e Resultados). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro
líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
Ainda de acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, a greve teve
uma adesão de 91,85% dos bancários logo no início. Por volta do 22º dia,
a adesão caiu para 81% devido a uma decisão liminar da Justiça que
obrigou os funcionários dos bancos Bradesco e Santander a voltarem aos
trabalhos.
As perdas de prazo em boletos não devem gerar prejuízo para os clientes
dos bancos, segundo informou o Sindicato dos Bancários da Paraíba.
Conforme a assessoria do sindicato, o ônus de qualquer acréscimo no
valor da conta deve ser do banqueiro, caso seja constatado que o banco
do cliente não estivesse operando durante a greve. Ainda de acordo com o
sindicato, durante todo o período de paralisação, foi indicado pelos
órgãos de defesa do consumidor que os clientes buscassem alternativas de
pagamento, como os correspondentes bancários e transações via internet.
Os bancários reivindicavam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento
real), PLR de três salários mais R$ 5.553,15, piso de R$ 2.860,21, que é
o salário mínimo do Dieese e Plano de Cargos, Carreiras e Salários,
além de auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta, auxílio-creche/babá,
melhores condições de trabalho, fim das demissões e mais contratações,
mais segurança, entre outros.
Fonte: G1 PARAÍBA
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